o nome me apareceu em sonho. roadkill. rooooadkill. e era um bom nome. quando abri os ohlos, não questionei o cabimento nem o que representava. não lembro do sentimento com que acordei, não lembro bem de onde o nome veio. o vi no ar somente, escrito feito um halo gasto a flutuar sobre os meus posts, como se tivesse sempre estado ali, como se fosse natural. eu assenti como um bebê índio, filho do inconsciente.
outros nomes já me apareceram em sonho, assim como outras coisas, que eu também resolvi aceitar. não sei. aceitar as coisas vindas dos sonhos é talvez como se reservar uma surpresa catártica para o futuro; como receber e guardar agora uma foto de alguém que você não conhece e só vai conhecer tempos depois. e então você conhece e aí está-- você entende por que manteve aquela foto.
e aí que hoje eu me dei conta. acordei há oito horas e desde então dei poucos passos para além desta cadeira preso ao computador como houvesse tirado
outros nomes já me apareceram em sonho, assim como outras coisas, que eu também resolvi aceitar. não sei. aceitar as coisas vindas dos sonhos é talvez como se reservar uma surpresa catártica para o futuro; como receber e guardar agora uma foto de alguém que você não conhece e só vai conhecer tempos depois. e então você conhece e aí está-- você entende por que manteve aquela foto.
e aí que hoje eu me dei conta. acordei há oito horas e desde então dei poucos passos para além desta cadeira preso ao computador como houvesse tirado
o telefone do gancho fugindo do que eu TENHO que fazer.;;;;; (me entregando a essa condição de não se importar com o efeito de uma estupidez dormente e raivoso de braços cruzados e testa franzida na neve perdido em paisagem de sonho onde o céu lavanda relampeia, andando entre veados carregando diamantes coloridos presos nas galhadas correndo em câmera lenta ao som de um pedal duplo de drum machine--------há dias ouvindo "pyramids", me sinto num estado perene de sonho. e eu ouço esse disco depois de uma ouvida e outra depois dessa e então outra, e eu me sinto livre preso nessa repetição.
nesse ambiente etéreo e infernal. sem precisar fazer mais nada.
nesse ambiente etéreo e infernal. sem precisar fazer mais nada.
["Pyramids", Pyramids, 2008]
)
e dentre as voltas voltas perseguindo o meu
e dentre as voltas voltas perseguindo o meu
próprio rabo, voltei para o meu pr´oprio blog e li ele de novo --- em parte. li algumas coisas caixa de fotos velhas e vi -- este é mesmo um blog sobre alguma coisa. este é um blog sobre A FUGA. é esse o rosto naquela foto de um estranho que eu guardei. e não é um padrão muito velado, é até fácil perceber. este é um blog sobre a fuga. cada post é sobre ficar
esperar
esquecer
fingir
ou partir.
e depois de ler e ler os posts, subindo então
esperar
esquecer
fingir
ou partir.
e depois de ler e ler os posts, subindo então
em suspense a barra de rolagem, estava lá no topo, como se fosse um novo halo luminoso --- roooooadkill.