tentei comemorar um mês sem posts com um post. queria dar esse presente. achei que era um bom presente, um mimo justo o bastante, a barra de chocolate wonka anual do pequeno charlie bucket. era uma comemoração afinal e, como na vida a gente comemora menos do que se sacrifica, achei que a comemoração valia o sacrifício - me sentaria e me esforçaria e poria em palavras alguma idéia perambulante em minha cabeça ou algum sentimento dando choques em meu coração. costuma ser um bom exercício.
mas afinal - eu não sentia que havia muito pra dizer naquele 3 de agosto, nada em especial que merecesse ser mostrado. eu perambulava pela casa como as idéias na minha cabeça, e pensava em que pensamentos eram esses que me ocorriam. que pensamentos eram esses que me ocorriam, que constatações que conexões que conclusões eram essas. o que era isso que eu queria botar pra fora? o que era isso de tão pungente em mim? o que era isso que eu poderia dizer? o que era isso que eu tinha pra dizer? alguma teoria? alguma sensação? como tinha sido o meu dia? que lições aprendidas? quais as novidades? no que eu acreditava? quais as coisas curiosas do mundo? o que eu amava e ,principalmente, por quê?
e nada. as palavras não vinham e pior - as idéias não vinham. as opiniões não vinham, só as queixas. a sabedoria não vinha, só o cansaço. como se, toda vez, eu abrisse a boca e dela saísse apenas um rangido de roda-gigante enferrujada. o que tem sido mesmo uma sensação recorrente - eu tenho me sentido essa roda-gigante, com a maioria de suas luzes vermelhas ainda acesas, mas enferrujada. queixosa e cansada.
e então aconteceu que o parque não abriu em 3 de agosto. ou abriu - por 10 minutos. me concentrei tanto em chorar minha miséria, que não consegui ver como mais que uma extravagância insistir no mimo dum post de qualidade. e então achei melhor continuar calado. sem ranger. e não insisti. cotumava ser um bom exercício, mas eu não exercitei. "não há assunto, não há assunto". e lembro de ter ido dormir nesse dia com uma ominosa resignação. como um desmemoriado que vai dormir, suspira e reza incrédulo para acordar lembrando-se de tudo ou pelo menos de qualquer coisa no outro dia.
mas afinal - eu não sentia que havia muito pra dizer naquele 3 de agosto, nada em especial que merecesse ser mostrado. eu perambulava pela casa como as idéias na minha cabeça, e pensava em que pensamentos eram esses que me ocorriam. que pensamentos eram esses que me ocorriam, que constatações que conexões que conclusões eram essas. o que era isso que eu queria botar pra fora? o que era isso de tão pungente em mim? o que era isso que eu poderia dizer? o que era isso que eu tinha pra dizer? alguma teoria? alguma sensação? como tinha sido o meu dia? que lições aprendidas? quais as novidades? no que eu acreditava? quais as coisas curiosas do mundo? o que eu amava e ,principalmente, por quê?
e nada. as palavras não vinham e pior - as idéias não vinham. as opiniões não vinham, só as queixas. a sabedoria não vinha, só o cansaço. como se, toda vez, eu abrisse a boca e dela saísse apenas um rangido de roda-gigante enferrujada. o que tem sido mesmo uma sensação recorrente - eu tenho me sentido essa roda-gigante, com a maioria de suas luzes vermelhas ainda acesas, mas enferrujada. queixosa e cansada.
e então aconteceu que o parque não abriu em 3 de agosto. ou abriu - por 10 minutos. me concentrei tanto em chorar minha miséria, que não consegui ver como mais que uma extravagância insistir no mimo dum post de qualidade. e então achei melhor continuar calado. sem ranger. e não insisti. cotumava ser um bom exercício, mas eu não exercitei. "não há assunto, não há assunto". e lembro de ter ido dormir nesse dia com uma ominosa resignação. como um desmemoriado que vai dormir, suspira e reza incrédulo para acordar lembrando-se de tudo ou pelo menos de qualquer coisa no outro dia.
e no fim não houve presente na comemoração de um mês sem posts. não houve o exercício, só o cansaço. não houve o sacrifício, só a queixa. não houve o mimo, só a tristeza. e eu fico pensando em o quão injusto e covarde foi deixar o pequeno charlie sem seu chocolate wonka esse ano.